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Miles de personas en el mundo han recuperado la alegría y el encanto de la vida.

Talleres de Oración y Vida

Padre Ignacio Larrañaga

Milhares de pessoas têm recuperado
a alegria e o encanto da vida.

Oficinas de Oração e Vida

Frei Ignacio Larrañaga

Canto à vida

Amar a vida é dar-nos generosamente aos sucessivos renascimentos. O inicio de um projeto é um começar a viver. Cada filho que nasce é o início de uma nova existência, com suas flores, seus espinhos e seus frutos.

É preciso explorar novas praias onde possamos cantar e, a partir dali navegar nas águas profundas até tocar o fundo, onde estão as últimas causas.

Fomos convidados a desfrutar a vida, com toda a intensidade possível, no aparentemente estreito horizonte de nossa existência, enchendo constantemente as tinas vazias. Gozaremos juntos através das gerações, guardando o vinho novo em tonéis de carvalho.  Não seremos presos pela sombra do temor, porque nossa casa não é uma ancora, é um mastro.

A vida nos é dada gratuitamente, sem pedir nem exigir, nem nos explicam o porquê desta oferta.

Cada pedaço da vida é um elo necessário, na amplitude do círculo vital. O ancião de hoje não é o adulto de ontem, e o adulto de hoje não é o adolescente de anteontem. Não podemos beber de um gole a vida, já que tudo é contingente: nasce e renasce, muda de forma e se dilui como a corrente do rio. E cada momento de vida é diferente do que o precede e o sucede.

Começar a viver significa abrir-se a um horizonte ilimitado de possibilidades, iniciar um caminho de futuro que não dá para abarcar.

É verdade que a sombra persegue a luz, que o idealismo e o realismo combatem como o raio e a chuva no seio da nuvem e que um solitário dualismo se levanta no meio do vale da vida. Mas não esqueçamos que a ninguém foi negado, nem sequer aos mais desditosos, instantes de plenitude e horas únicas. E que se houve longas noites de solidão, os raios solares não deixaram de arder nas copas das árvores.

A vida canta em nossos silêncios e sonha enquanto dormimos. Mesmo que naveguemos entre sofrimentos e tristezas, entre temores e ansiedades, e que a contradição seja a companheira de caminho, a vida sorri à luz do sol e é livre até arrastando correntes.

Neste andar pela vida, morreremos muitas vezes, deixando de ser o que somos, para iniciar novas etapas de múltiplas possibilidades que nos esperam em cada fragmento, e nessa marcha incessante, a cada decadência, sucederá uma ressurreição, porque a vida é assim: não morre nunca.

Tirado do livro ´As Forças da Decadência´ – Epílogo – de Frei Ignácio Larrañaga, ofm