O primero guia
Eu sou, eu fui o primeiro Guia, veterano de todas as batalhas. Antes que ninguém, fui o primeiro habitante de todas as auroras. Por anos, que já parecem eternidades, coloquei-me de pé, sob o sol, para declarar ante o universo que não há outro sedutor como nosso Deus e que, por certo, não deixa de ser nossa poderosa e amorosa Mãe.
Antes de vocês e diante de vocês, avancei sem vislumbre de fadiga, por caminhos pedregosos e largas alamedas, pronunciando o nome de Jesus e anunciando sua Paz. E seguirei enquanto o sol ilumine meus dias e respirem meus pulmões.
Ó benditos irmãos e Guias de almas! Poderei ser uma sombra fugaz, mas minhas asas estão prontas para levantar voo e percorrer os espaços, e gritar à Terra e as estrelas que não há outro Senhor acima ou abaixo, a não ser meu Senhor Jesus que canta dia e noite, em meu quarto interior, uma canção de doçura inefável.
Não acreditarão, mas Ele continua fazendo prodígios agora mesmo: com Ele os desgostos se evaporam como névoa, os espinhos se transformam em rosas; e nenhum desejo fica insatisfeito em sua presença.
Quando chegam as dificuldades basta apertar bem forte a mão do Amado e tudo se evapora como a névoa diante do sol.
Quando mais decaído você se sinta, mais Jesus te aperta contra seu coração. Ponha-se cegamente em Suas mãos e as inquietudes voarão como aves assustadas. Com Jesus na mente, as sombras fogem, e os medos, o vento os leva.
Como gostaria de ver realizado diante de meus olhos um sonho milenar! Sonho em ver todos os Guias do mundo transformados em um povo de convertidos, místicos e profetas, avançando pelas planícies de senhorios e impérios com a bandeira desfraldada de Nosso Senhor Jesus Cristo, em que estão gravadas aquelas palavras: “Vim colocar fogo na terra e que vou querer senão que arda! ”.
Tirado da carta Circular Nº 20 de Frei Ignacio Larrañaga
