28 de outubro de 2022
Depois de uma hora, tudo era prodígio naquela noite, parecia uma noite mágica. Com toda minha alma pedi ao Espírito Santo a humildade, a concentração e, sobretudo, a sabedoria para me deixar amar, deixar-me amar loucamente até as colunas do “eu” se derreterem na forja do amor.
Sentei-me sobre aquela pedra, me encolhi sobre mim mesmo, peguei minha cabeça entre as mãos e permaneci imóvel, paralisado, vazio de tudo durante um bom tempo. Depois, concentrado, tranquilo, comecei a repetir a inefável invocação: Abba! Papai querido! Repeti inumeráveis vezes e cada vez com maior concentração. E desde o fundo da eternidade, pouco a pouco, foi surgindo o Pai com um olhar amoroso envolvendo-me com um amor sem medidas nem controles.
Os perfis das montanhas e até as estrelas haviam desaparecido. Uma preamar feita de mel e ternura subia e subia, e com suas imensas ondas foi cobrindo tudo: vales, rochas, montes… tudo ficou alagado até que, por fim, só ficou o Amor. Oh! Meu querido Papai, mil vezes bendito! E eu me perdi na preamar, me deixei arrastar pelas ondas e não soube mais nada…
Tirado do livro “A Rosa e o Fogo”, de Frei Ignacio Larrañaga OFM
Hoje te pedimos Frei Ignacio que interceda por nós, os Guias do mundo inteiro, para que sejamos capazes de abrir sempre nosso coração em abandono e confiança ao “Amor infinito do Abbá”.