A harmonia de nossas relações com os outros está entrelaçada com uma constelação de exigências fraternas como respeitar, comunicar-se, dialogar, acolher, aceitar… Mas existe uma primeira condição que é imprescindível: perdoar. Necessitamos urgentemente de paz. Só em paz se consuma o encontro com Deus. E só pelo perdão vem a paz.
Perdoar é abandonar o ressentimento contra outra pessoa. Perdoar é, pois, extinguir os sentimentos de hostilidade como quem apaga uma chama.
Existe um perdão da vontade. A pessoa quer perdoar. Quer arrancar do coração toda hostilidade e não sentir nenhuma malevolência. Perdoa-se sinceramente, mas é o caso dos que dizem: perdoo, mas não posso esquecer. Este perdão é suficiente para se aproximar dos sacramentos, mas não cura a ferida.
O perdão emocional sim, cura as feridas, porque não depende da vontade.
Del libro Mostra-me teu Rosto – Cap. 3, Aceptación de los hermanos