A história não termina, tudo começa agora. A morte não teve sua última palavra sobre o Pobre de Nazaré. Pelo contrário, foi ele quem se entregando voluntariamente à morte, a submeteu e arrancou seu aguilhão mais terrível.
Cristo ressuscita dos mortos…
Sua “passagem” através da morte daria a luz e faria florescer aquele Reino que Jesus, em seus dias mortais, não havia conseguido instaurar. Jesus, ressuscitado e vivo, é a razão central da comunidade dos discípulos, da Igreja, em sua expansão trans-histórica universal.
Da morte nasce à vida, da humilhação a exaltação. O Pobre de Nazaré é agora o Senhor Jesus. Por ser livre, foi disponível; e ao estar disponível, pode ser servidor do Pai e dos irmãos. Da pobreza ao amor.
Esta amorosa entrega a vontade do Pai cavou no solo de Jesus um vazio infinito, e o converteu em um território inteiramente livre. Através deste vazio, como através de um túnel, realizou-se a projeção e a comunicação do Deus Amor na história dos homens; e este túnel, este vazio absoluto de si, tem um nome: Jesus de Nazaré. Este é o compêndio de uma história única e que não se repete: a da encarnação, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
FELIZ PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO.
Tomado do livro o Pobre de Nazaré, Frei Ignácio Larrañaga.
Señor Jesús”