A Igreja não é uma sociedade qualquer. O que faz e a constitui como Igreja é o fato de que todos, ao estarem juntos num mesmo lugar no dia de Pentecostes, “ficaram cheios do Espírito Santo” (Atos 2, 4). É o Espírito Santo quem produz a unidade no amor.
Trata-se de um amor gratuito e incondicional que ultrapassa todo conhecimento: deixem-se vencer pelo meu Amor e vão pelo mundo todo e contem que o Reino de Deus chegou para todos.
O Espírito Santo nos anima a seguir vivendo o Pentecostes em meio a nossa fragilidade: “Eu faço um espaço dentro de mim para que nele habite o irmão que está ao meu lado…” Tratar com Deus na intimidades sempre nos remete a nossos irmãos, e dessa maneira nos traz a prazerosa necessidade de partilhar com todos as maravilhas que o Senhor fez em mim. Chama-nos a viver uma criativa fidelidade em Deus. E esta fidelidade não é outra coisa senão o encontro diário a sós com o Ressuscitado, em profunda oração, confirmando-me a certeza de que o Senhor está vivo e caminha a meu lado na vida, e que também caminha junto a meu irmão.
Pentecostes em nossas vidas, chama a “proteger toda a criação, proteger a todos, especialmente os mais pobres; aqueles que são mais frágeis e que frequentemente ficam na periferia de nossos corações” – como nos estimulava o Papa Francisco, na Semana Santa.
Pentecostes renova a esperança de que é possível viver em meio das contradições e sofrimentos que existe em qualquer lugar do mundo. É o Senhor quem sustenta a esperança. E por isso é essencial nos sustentarmos orando, pois a oração é a respiração da esperança. Quem deixa de orar deixa de esperar.
Não há derrota possível para aquele que se abandona nas Mãos toda carinhosa de Deus. Porque, como reconhecia São Paulo, é na minha fraqueza que se manifesta Sua força e Seus prodígios.
(Baseado nas mensagens do Papa Francisco, e no livro de Frei Ignacio Larrañaga “Itinerário para Deus”)